A nossa crise económica foi provocada por erradas politicas que suspenderam as atividades económicas e empresariais e que não foram acompanhadas por medidas ao nível do apoio do consumo e dos rendimentos e ao nível do investimento.
O Governo Português não compreendeu que dispunha de poupanças dos cidadãos portugueses que, se aplicadas no investimento em Portugal, permitiriam o crescimento económico e dispensariam a esmola europeia (que vamos pagar), que vai ser afeta à expansão da intervenção do Estado na economia portuguesa.
O atual regime regulador e fiscal de aplicações no mercado de capitais português é pernicioso para as aplicações em Portugal. No atual quadro as poupanças para aplicação em soluções do mercado de capitais são dirigidas para economias estrangeiras promovendo o crescimento de tais economias.
Por outro lado, as alienações das maiores empresas portuguesas e a sua cotação no mercado de capitais português vai beneficiar os investidores internacionais.
O capital de risco em Portugal é inexistente e as penalidades fiscais promovidas pelo célebre Imposto Mortágua destruíram o interesse dos investidores em tais soluções. Atualmente o Governo não se manifestou recetivo a propostas de Fundos de Fomento Empresarial, do tipo capital de risco, como uma oportunidade para aligeirar o regime administrativo e fiscal de tais investimentos.
A mera afetação de fundos comunitários a diversas necessidades de investimento não vai ultrapassar as atuais dificuldades que se apresentam e teremos de pagar tais empréstimos.
Importa ainda referir que a inflação já registada na economia americana vai atingir a Europa, e, consequentemente, Portugal, agravando substancialmente as condições de pagamento das dividas soberanas.