Com a massificação da internet, as redes sociais incitam os jovens à entrada no mercado e o seu arrastamento pela «onda» é feito muitas vezes sem compreensão das logicas empresariais e do novo campo de ação.
No caso da GameStop, com a forte quebra das cotações do máximo de $483,00 em 28 de janeiro para valores inferiores a $90,00 em 2 de fevereiro muitos jovens investidores sofreram enormes perdas e que começam a ser tema dos meios de comunicação social.
Para avaliarmos a dimensão das perdas é de referir que a capitalização bolsista atingiu um máximo de $33,7 biliões em 28 de janeiro e $6,3 biliões no fecho em 2 de fevereiro.
Não foi David contra Golias.
Nem foi épico.
O inicio pode ter sido justo.
Termina com muitos investidores individuais perdendo dinheiro para outros, sendo que a serie diária do volume movimentado não deixa margens para dúvidas sobre isso.
No campo de batalha ficam muitos investidores individuais desprotegidos e sem armadura.
O final é triste.
E, a trajetória de queda continuará a seguir o seu caminho encontrando-se em 4 de fevereiro abaixo de $65, com indícios de intervenção das entidades regulatórias.
Em termos gerais, o fenómeno de entrada de jovens investidores sem conceitos básicos de economia empresarial é frequentemente orientado exclusivamente para o day trade, influenciado for fatores emocionais e baixo custo das transações.
Esta situação envolve riscos de comportamentos irracionais que devem ser evitados.
É necessário eliminar a ideia de que o mercado de capitais é uma economia de casino. Em contrapartida, deve ser promovido o conceito de aplicação de poupanças com remunerações associadas ao nível de risco e desejavelmente sustentáveis, onde os conceitos de swing trade e position trade ganham cidadania.
Este, é um espaço de vantagem da intermediação tradicional sobre o low cost.